O roubo de 100 mil ovos de um trailer na Pensilvânia, EUA, reacendeu o debate sobre os altos preços do alimento no país. Segundo a polícia local, a carga, avaliada em US$ 40 mil (cerca de R$ 230 mil em 7 de fevereiro), foi alvo dos ladrões em meio à disparada dos preços dos ovos em 2024.
A chamada "crise dos ovos" nos EUA é impulsionada, principalmente, pela gripe aviária. Desde 2022, o vírus H5N1 já dizimou cerca de 123 milhões de aves em 49 estados.
GRIPE AVIÁRIA
Para conter a contaminação, as aves são abatidas, reduzindo a produção de ovos e elevando os preços para supermercados e consumidores. Em dezembro de 2024, cerca de 13 milhões de aves morreram devido à doença, segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
No final de 2024, o preço médio da dúzia de ovos grandes era de US$ 4,1 (R$ 24), 60% acima do ano anterior. A previsão é de um aumento de 20% em 2025. Na Califórnia, os preços são ainda mais altos devido às restrições à criação de galinhas em gaiolas.
Dúzia a quase R$ 60
Com a alta da inflação, consumidores enfrentam aumentos no preço dos ovos, que chegam a US$ 9,79 (R$ 57) a dúzia e US$ 13,99 (R$ 80) por 18 orgânicos. A Waffle House passou a cobrar taxa extra de US$ 0,50 por ovo. Mesmo com os preços altos, supermercados em Nevada, Ohio e Califórnia registram prateleiras vazias.
A professora de marketing Saloni Vastani, da Emory University, explicou que a escassez de ovos se deve ao aumento das compras por consumidores receosos de novos aumentos de preços.