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Alepi celebra a redemocratização em sessão: “A democracia está em perigo”

O senador Marcelo Castro esteve presente e destacou que é importante manter a vigilância para impedir que forças reacionárias se sobressaiam.

Autoridades do Piauí comparecem em sessão solene que celebra a redemocratização. | Marta Santos/MeioNews

A Assembleia Legislativa do Piauí realizou, nesta segunda-feira (31), uma sessão solene para celebrar os 40 anos da redemocratização do Brasil. O evento reuniu lideranças políticas, acadêmicos e representantes de instituições democráticas para relembrar a luta contra o regime militar e reforçar a importância da democracia no país.

Reflexões sobre a história política brasileira 

A sessão foi proposta pelo deputado estadual Francisco Limma (PT), que destacou o significado da data e a necessidade de constante vigilância para garantir a continuidade do regime democrático. “No primeiro, são 40 anos que nós tivemos o primeiro processo de retomada de abertura democrática. Então, ali, ainda pelo colégio eleitoral, mas já foi uma sinalização. E o Piauí foi vítima também, tivemos várias lideranças e tem atos e movimentos que, às vezes, tentam ameaçar a democracia. Então, nesse momento, a gente comemora, a gente relembra fatos que nós não queremos vivenciar nunca mais, portanto, ditadura nunca mais, democracia sempre, e nós precisamos estar sempre vigilantes. Aqui reunimos lideranças e instituições que são defensores, digamos assim, em contexto da democracia no Piauí, no Brasil”, afirmou o parlamentar.

O maior período democrático da história 

O senador Marcelo Castro também participou da solenidade e ressaltou que este é o mais longo período democrático da história do Brasil. 

Bom, muito importante, nós estamos hoje aqui na Assembleia Legislativa do Piauí, a casa do povo, comemorando os 40 anos de democracia do Brasil. É o período mais longo, ininterrupto e de democracia que nós já vivemos em toda a nossa história. Então, estamos muito felizes de poder estar comemorando, mas sempre alertas, de que a democracia precisa ser cuidada no dia a dia. A democracia está correndo perigo no mundo inteiro, as forças reacionárias, as forças autoritárias estão vencendo essa batalha contra a democracia. Então, precisa estar sempre alerta em defesa da nossa democracia.

O caminho da redemocratização 

O socólogo e ex-deputado federal Antônio José Medeiros fez uma análise histórica do processo de redemocratização, ressaltando os marcos que consolidaram o regime democrático no país. “Vamos marcar algumas datas, porque a redemocratização passou por vários passos, até porque era a estratégia do governo de excelência, segura e gradual. Nós tivemos a anistia em 79, tivemos eleições para governadores em 82. Quando foi em 85, tivemos a posse do vice-presidente Sarney, por causa da doença depois-morte do presidente da credibilidade, e ainda em eleição indireta. De forma que esse ciclo de redemocratização se completou com a eleição da constituinte em 86 e da nova constituinte cidadã em 88, que é considerada por todos como a marca mesmo desse período de redemocratização que nós estamos vivendo”, explicou.

Autoridades do Piauí comparecem em sessão solene que celebra a redemocratização (Foto: Marta Santos/MeioNews) 

Desafios atuais e ameaças à democracia 

Medeiros também alertou para os desafios que a democracia brasileira enfrenta atualmente, destacando o crescimento de movimentos de extrema direita no Brasil e no mundo. 

Se não tivesse tido esse período de ditadura militar, a gente contava. De 1946, que foi quando teve uma grande redemocratização, depois da ditadura literatura, nós estaríamos completando 80 anos de democracia. Mas no Brasil, democracia é sempre ameaçada. Agora nós temos dois fatos novos, um nacional, que é uma extrema direita liberada pelo Bolsonaro, não é a política tradicional conservadora, é realmente ideológica, de ter um projeto ditatorial e antidemocrático, anti direitos das pessoas, mas o problema é internacional. Então, há uma onda de extrema direita em vários países, essa articulação entre eles é mais ideológica, eles ainda não fazem uma coisa muito bem articulada. Embora com esse uso das mídias, eles terminam criando um clima. A gente deve sempre dizer, ditadura nunca mais, mas deve resgatar a palavra do Lula na posse dele, democracia sempre.

Com a colaboração de Francy Teixeira

*** As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.
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