Entre aliados do governador Rafael Fonteles (PT) , a chapa para o Senado em 2026 está longe de ser um consenso. O nome do deputado federal Júlio Cesar (PSD) encontra cada vez mais resistência dentro do Partido dos Trabalhadores. Segundo o presidente do Diretório Regional, o deputado João de Deus Sousa, "há um incômodo geral "entre os petistas, motivado pelo que ele chamou de "política de família".
"Não dá para você pleitear um cargo majoritário em uma chapa querendo levar a tiracolo, um filho, outro filho e a mulher.
Isso gera ciúmes e é pertinente", dispara. João de Deus se refere ao desejo de Julio Cesar concorrer ao Senado com apoio de Fonteles e do PT, tendona disputa, ainda, os filhos Georgiano Neto ( candidato a deputado federal), Júlio Filho ( que disputará vaga para a Assembleia), alem de Jussara LIma, esposa do parlamentar e, atualmente, no exercício do cargo de senadora, em razão da licença do titular, Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
A declaração do presidente do PT, feita com exclusividade à jornalista, no Programa Notícias do Dia, é a primeira manifestação pública de un petista sobre a escolha dos futuros candidatos. Antes disso, parlamentares do PT têm se queixado de "invasão dos colégios eleitorais por parte de Georgiano.
Veto a Ciro
Durante a entrevista, João de Deus também anunciou que a direção nacional irá se manifestar sobre eventuais alianças e sobre apoio de seus parlamentares a candidatos que sejam adversários do Governo Lula. É o caso de Ciro Nogueira(PP). O ex-ministro de Bolsonaro vai concorrer à reeleição e deve ter o apoio de alguns parlamentares petistas que manifestaram sua intenção de votar no senador, um dos representantes da direita brasileira. "Não é possível admitirqualquer tipo de apoio a alguém que conspira o tempo todo contra o presidente Lula". Segundo ele, o PT também reunirá sua Executiva, no próximo dia 15, para decidir sobre a posuição a ser adotada em relação aos "infieis".
No entnato, ele entende que, nas declaracóes de apoio a Ciro há muito "jogo de cena". Ele cita o caso da visita feita pelo vice-governadot Themistocles Filho (MDB) , ao senador bolsonarista . Para ele, o ato foi uma tentativa de " antecipar decisã de quem vai ser o vice", opina. "Na politica tem isso. Não é correto, não é ético". Se está insatisfeito, chama o governador e diz pessoalmente"