Neste domingo (17), o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou uma lista de "novos esforços" para acelerar a ação global em conservar terras e águas da floresta Amazônica, proteger a biodiversidade e enfrentar a crise climática. O líder americano deve chegar ao Brasil nas próximas horas para participar do G20, que acontece até terça-feira (19), no Rio de Janeiro.
"Hoje, como parte de sua viagem histórica à Amazônia, o presidente Biden anunciará que os Estados Unidos cumpriram sua promessa histórica de aumentar o financiamento climático internacional dos EUA para mais de US$ 11 bilhões por ano até 2024", diz o comunicado.
INVESTIMENTOS E RESPONSABILIDADE
Antes de desembarcar no Rio, Biden planeja visitar Manaus (AM) e conhecer de perto a Amazônia. De saída da presidência, Joe já havia prometido investir na região da floresta desde a campanha de 2020.
"Eu começaria imediatamente a organizar o hemisfério e o mundo para prover US$ 20 bilhões [R$ 116 bilhões] para a Amazônia, para o Brasil não queimar mais a Amazônia", disse ele na época, segundo reportagem da BBC.
O que Biden prometeu?
- investimento de 50 milhões de dólares para o Fundo Amazônia;
- lançamento da Coalizão de Financiamento para Restauração e Bioeconomia do Brasil;
- novo investimento nos maiores projetos de reflorestamento na Amazônia;
- apoio ao Tropical Forest Forever Facility;
- alavancar a demanda por créditos de carbono florestal de alta integridade;
- novo acordo de cooperação entre DFC e BNDES;
- lançamento de um laboratório de investimento em soluções baseadas na natureza;
- lançando de alianças para a Amazônia;
- fornecimento de US$ 2,6 milhões ao Rainforest Wealth Project pela USAID;
- investimento de US$ 4 milhões para apoiar novos modelos de negócios que mantêm as florestas em pé enquanto beneficiam empresas e famílias locais;
- investimento de US$ 1,4 milhões na Assobio (Associação dos Negócios de sócio-bioeconomia da Amazônia);
- apoio do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) para melhorar a eficiência dos fertilizantes;
- doação de US$ 2,5 milhões para a Nature Conservancy (TNC), que está apoiando esforços para reduzir o desmatamento, por meio do Departamento de Estado;
- parceria com o governo do Brasil para combater a extração ilegal de madeira e comércio associado;
- apoio da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) nos esforços de mapeamento de áreas de queimadas em tempo quase real para o Laboratório de Sensoriamento Remoto da Universidade Federal do Rio de Janeiro;
- investimento da USAID de US$ 7,8 milhões em sua parceria de longa data com o Serviço Florestal dos EUA para fortalecer o gerenciamento de incêndios no Brasil;
- investimento da USAID de US$ 1,9 milhão para lançar a Aliança dos Povos Indígenas para as Florestas da Amazônia Oriental;
- expandir o suporte para programas existentes nos EUA, incluindo os povos indígenas;
- investimento da USAID de US$ 4 milhões para lançar a atividade Tapajós pela Vida;
- investimento da USAID de US$ 1,4 milhão para lançar o Projeto de Bem-Estar e Gestão Territorial nas Bacias dos Rios Negro e Xingu;
- investimento da USAID de US$ 2,6 milhões para lançar a atividade de Gestão Territorial Indígena Integrada;
- lançamento de sistemas avançados de energia carbono zero na Amazônia;
- promover a cooperação em saúde única no Brasil e na Bacia Amazônica;
- fornecimento de US$ 1,4 milhão para reduzir a atividade criminosa organizada relacionada à mineração ilegal e ao tráfico de mercúrio.
Biden anunciou também a assinatura de uma procuração dos EUA que torna o dia 17 de novembro o Dia Internacional da Conservação, uma importante decisão para proteger e conservar os ecossistemas e vida selvagem, além de garantir que as terras e águas para as gerações futuras e ajudar a evitar os piores impactos das mudanças climáticas.