A nota, no entanto, ainda é baixa na escala que vai de 0 (muito corrupto) a 10 (muito limpo). Apesar da leve melhora, o Brasil caiu na listagem, de 69º lugar em 2010 para 73º lugar neste ano, entre os 182 países pesquisados.
A queda no índice se explica pela melhora mais acentuada de outros países no último ano e pela entrada de outros na medição, como as Bahamas e Santa Lúcia, cuja colocação é melhor que a brasileira. Na escala de 0 a 10, o Brasil obteve nota 3,8, ficando em 73º lugar entre os 182 países pesquisados pela organização Trasparência internacional. A situação é praticamente estável em relação à lista do ano passado, quando o país obteve nota 3,7, ficando em 69º lugar.
O país mais bem colocado no ranking geral é a Nova Zelândia (9,5), seguida pela Dinamarca (9,4). Nos últimos lugares estão Somália e Coreia do Norte (ambos com 1,0).
Para o mexicano Alejandro Salas, diretor da Transparência Internacional para as Américas, a situação do Brasil é "estável" e deve servir como alerta para o país avançar no ranking, já que a nota brasileira ainda reflete uma grande percepção de corrupção.
Segundo ele, países como o Brasil e a Colômbia têm avançado muito no índice nos últimos dez anos, mas ainda é preciso melhorar.
"No Brasil, fala-se que há uma tolerância sobre corrupção. Eu vejo que às vezes o tema é colocado em segundo plano, dentro de um contexto de muito otimismo dos brasileiros em relação ao crescimento econômico e do novo papel que o país ocupa no mundo. Por outro lado, há iniciativas muito importantes da sociedade, como a lei da Ficha Limpa", diz.