A Polícia italiana deteve hoje em Milão dois supostos membros do grupo de extrema esquerda "Pelo comunismo Brigadas Vermelhas", considerado o sucessor dos terroristas que protagonizaram os "anos de chumbo" durante as décadas de 70 e 80.
Segundo as forças de segurança, os detidos são Manolo Morlacchi, de 39 anos, e Virgilio Costantino, de 34.
Ambos eram investigados desde junho, quando durante uma operação policial prendeu seis pessoas, sob a acusação de grupo armado e associação subversiva. O bando, supostamente, planejava um atentado na ilha mediterrânea da Madalena Doce, coincidindo com a cúpula de chefes de Estado e de Governo do Grupo dos Oito (G8, formado pelos sete países mais industrializados do mundo, além da Rússia) de julho.
Conforme os meios de comunicação, um dos detidos em junho tinha um "manual de informática para os revolucionários", com instruções para não deixar rastros na internet.
Entre os detidos, Luigi Fallico, antigo membro da primeira geração das Brigadas Vermelhas (BR) e Ernesto Morlacchi, filho de um dos fundadores deste grupo terrorista.
Naquela operação, os investigadores afirmaram que as armas e os documentos encontrados indicavam que os detidos pretendiam "relançar" a luta armada do grupo terrorista das Brigadas Vermelhas.
As Brigadas Vermelhas foram responsáveis nos anos 70 por vários assassinatos políticos. Um dos mortos foi o líder da Democracia Cristã, Aldo Moro, em 1978.
Um novo grupo inspirado nas BR voltou a reaparecer anos atrás com o nome de "Novas Brigadas Vermelhas" e matou os conselheiros do Ministério do Trabalho Massimo D"Antona em 20 de maio de 1999 e Marco Biaggi em 19 de março de 2002.