O piauiense Mateus Sousa Gomes, de 28 anos, foi libertado na quinta-feira (13), após passar três dias preso em Parnaíba, litoral do Piauí. Ele havia sido confundido com um criminoso que estava sendo investigado por um estelionato no estado do Pará. A prisão ocorreu na segunda-feira (10), e Mateus estava detido devido à fraude cometida por um golpista que usava seus dados.
PRESO POR ENGANO
A prisão de Mateus foi autorizada pelo Tribunal de Justiça do Pará (TJ-PA), que incluiu o CPF e a foto do piauiense no mandado. No entanto, a defesa conseguiu demonstrar que seus dados foram clonados, e que sua assinatura havia sido falsificada. Com isso, o TJ-PA emitiu o alvará de soltura, permitindo a libertação de Mateus na quinta-feira (13).
"A gente fez a retificação no mandado de prisão dele. Então foi providenciada, de imediato, a soltura do Matheus do Piauí, que tinha o mesmo nome, a mesma documentação, usavam os mesmos documentos.", afirmou o delegado Igor Wanick, da 10ª Região Integrada de Segurança Pública (RISP) de Carajás.
IDENTIFICAÇÃO ERRADA
De acordo com a Polícia Civil do Pará, o verdadeiro suspeito do crime foi preso no mesmo dia de Mateus, em Piranhas (GO). Durante a investigação, a polícia descobriu que o homem usava documentos falsificados, o que levou à correção do mandado de prisão e à liberação do piauiense. A investigação conduzida pela Polícia Civil de Brejo Grande apontou que Mateus aplicava golpes utilizando cheques sem fundo e promessas de pagamento em dinheiro para obter veículos de alto valor, entre eles um trator de R$ 250 mil e um caminhão de R$ 180 mil.
CHEQUE FRAUDADO
O estelionato que levou à prisão de Mateus aconteceu em setembro de 2024 na cidade de Brejo Grande do Araguaia, no Pará. Um funcionário de loja denunciou que vendeu um trator no valor de R$ 250 mil para um homem que pagou com um cheque de R$ 300 mil. Após a devolução de R$ 50 mil, o cheque foi identificado como fraudado.
A vítima tentou contato com o golpista, que prometeu devolver o cheque e realizar o pagamento de outra forma. No entanto, o criminoso desapareceu. O contrato de compra e venda foi formalizado, mas o número de RG no documento não era o de Mateus, e a assinatura do cheque também não correspondia à dele, de acordo com a defesa.
INVESTIGAÇÃO
A Polícia Civil do Pará, após investigações, localizou e prendeu o verdadeiro criminoso. Ele foi capturado ao ser flagrado usando documentos falsificados em outro golpe, que envolvia a fraude de um caminhão no valor de R$ 180 mil. A identificação do golpista foi feita por meio de impressões digitais, que confirmaram a falsificação dos documentos. De acordo com as investigações, os dois veículos foram levados para um receptador no Mato Grosso e o acusado tem um histórico de golpes na região sudeste do Pará, no norte do Mato Grosso e em Goiás.
Com informações do Dol