Impacto Ambiental e Social da Transição Energética pauta o 2º dia de CITER em Teresina

Durante a palestra, os palestrantes debateram sobre diversos pontos de uma transição energética mais sustentável

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Impacto Ambiental e Social da Transição Energética pauta o 2º dia de CITER em Teresina | Pedro Arimateya

O “Impacto Ambiental e Social da Transição Energética” foi pauta no segundo dia da Conferência Internacional de Tecnologias das Energias Renováveis (CITER), que teve início na última segunda-feira (03), no Centro de Convenções de Teresina. A palestra contou com professores e especialistas para debater sobre a questão.

Durante a palestra, os palestrantes debateram sobre diversos pontos de uma transição energética mais sustentável. Um deles destacou como a produção de “energia limpa” afeta o dia a dia de toda uma população, principalmente a mais carente e em áreas pobres, e como o governo deve atuar para garantir uma sociedade mais democrática. 

LAMPARINA

Julia Margarida, dirigente sindical e membro da Federação dos Urbanitários do Nordeste (FRUNE), destacou que a transição energética precisa acontecer, mas com um olhar para o trabalhador e um desenvolvimento regional responsável. Julia destacou que em alguns lugares pessoas convivem com geradores de parques de energia eólica ao lado de suas casas, mas a única iluminação vem de uma lamparina.

“Além dessa relação da precarização do trabalho, a gente vê os problemas sociais, onde a gente começa a observar que pequenos agricultores estão cedendo suas terras para deixar de produzir alimentos e dar espaço a esses parques. Já existem enfoques que poderão ter problemas na produção alimentar por conta disso. A gente começa a observar que pequenos agricultores tem rachaduras grandes em suas casas, tem o barulho também porque às vezes aquela turbina nem está na casa dele, ta no terreno do vizinho”, pontuou

MESMOS PROBLEMAS

Mariana Lacerda, membro da Operação Amazônia Nativa (OPan), trouxe um olhar mais voltado para a instalação de empreendimentos voltados para produção de energia no Mato Grosso. Segundo ela, mesmo em locais com vegetação, clima e população distintas, os problemas são os mesmos.

“Em Mato Grosso nós temos três biomas: Amazônia, cerrado e pantanal. E por incrível que pareça, apesar das diferenças desses biomas e das populações que habitam cada um, a gente tem problemas muito similares em relação a impactos ambientais e sociais relacionados à implementação de projetos hidrelétricos. Apenas na bacia de Juruena a gente tem mapeado cerca de 180 empreendimentos hidrelétricos entre aqueles que estão em fase de planejamento, de licenciamento e operação”, disse.

PALESTRA

A palestra foi mediada por Albemerc Moura de Moraes, Vice Coordenador do curso de Engenharia Elétrica (UFPI) e contou com a participação de Julia Margarida, dirigente sindical e membro da Federação dos Urbanitários do Nordeste (FRUNE); Mariana Lacerda, membro da Operação Amazônia Nativa (OPan); Glauce M. Lieggio Botelho, Superintendente Adjunta de Meio Ambiente (EPE); Nicolás Malinovsky, Director y editor (Observatorio de Energía, Ciencia y Tecnologia - OECYT) e Bruno Paracampo Mileo , Professor do Instituto de Ciências da Sociedade (UFOPA).



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