Adesivação do teto da Igreja Matriz gera indignação entre católicos

Adesivação do teto da Igreja Matriz gera indignação entre católicos

Fonte: Jailson Dias

A História da Igreja Matriz de Picos é repleta de polêmicas.

Adesivação do teto da Igreja Matriz gera polêmica

O teto da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, principal templo católico da cidade de Picos, vem recebendo uma adesivação com imagens sacras. Desenhos de um bonito céu, com nuvens brancas e imagens de diversos santos: São Francisco de Assis, São Expedito, São José, Nossa Senhora e o Menino Jesus, dentre muitos outros, estão sendo afixadas na igreja. Católicos tem questionado a necessidade dessa arte complementar na Segunda Maravilha do Piauí.

Pelas mídias sociais as pessoas questionam que o estilo gótico da Igreja Matriz não comporta esse tipo de desenho, outros dizem que se o motivo for esse, não haveria problema, a questão estaria em descaracterizar o templo concluído no final dos anos 1940 sob a liderança do Pe. Madeira.

Um dos internautas disse: ?Existem sim igrejas no estilo gótico com pinturas, com obras de arte, mais não concordo nem com pintura de obra de arte e nem com adesivos, ela não recebeu esse trabalho?, protestou. Há ainda pessoas quem incitem a realização de uma manifestação para impedir a concretização dos desenhos.

A História da Igreja Matriz de Picos é repleta de polêmicas. Construída em 1871 pelo Frei Ibiapina, o tempo original foi abatido por volta de 1945 pelo Pe. Madeira que ergueu a Igreja atual em estilo gótico, aos moldes da Igreja de Petrolina-PE.

O acontecimento foi verdadeiramente traumático para os católicos picoenses da época. O memorialista Renato Duarte narra que as paredes da Igreja foram derrubadas primeiro, deixando por último o altar, alvo de veneração, uma vez que lá são depositadas as imagens dos santos de devoção dos católicos.

Talvez, quanto às imagens adesivadas no teto do templo, tenha faltado um pouco de comunicação com os fiéis que frequentam a igreja regularmente.

Nossa equipe entrará em contato com o Bispo Diocesano de Picos, Dom Plínio José Luz, e com o Pe. Gregório Lustosa para que possam falar sobre os motivos para o acrescimento dessa arte sacra em um templo já caracterizado pela beleza. Nesse momento todos os sacerdotes se encontram demasiado ocupados com as celebrações da Semana Santa.



As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.

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