A presidente Dilma Rousseff não se contentou com as explicações dadas sobre as causas do apagão ocorrido no Nordeste na última semana e exigiu um detalhamento técnico sobre o problema.
Durante toda a tarde ela esteve reunida com o ministro interino Márcio Zimmermann (Minas e Energia), a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e o diretor da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Nelson Hubner.
O encontro, que durou cerca de duas horas, ocorreu pouco depois que Hubner admitiu ter havido falha humana no episódio que deixou Estados das regiões Norte e Nordeste sem energia por mais de quatro horas na sexta.
"Não acredito que tenha sido intencional, mas houve falha humana", disse Hubner.
O diretor defendeu ainda que esse tipo de erro não é admissível. "Isso precisa ser corrigido. Houve falha na programação do equipamento. Temos que coibir que falhas como essas possam acontecer", completou.
A presidente, no entanto, não está satisfeita com as justificativas para o caso.
O encontro de ontem já estava agendado antes da declaração de Hubner, mas deveria servir para discutir a tramitação da Medida Provisória sobre a renovação das concessões do setor elétrico, uma vez que o trâmite no Congresso vai começar a partir de hoje.
A presidente foi incisiva ao cobrar respostas e destacou que não irá se contentar apenas com a justificativa de "falha humana".
Dilma pediu para saber exatamente qual foi o erro, seja ele qual for --programação do sistema, manutenção, falta de pessoal ou da capacidade dos equipamentos.
Por enquanto, o único ponto pacificado no tema, para o Planalto, Ministério de Minas e Energia e Aneel, é que não houve sabotagem no sistema do Nordeste.
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