O prefeito de Cabeceiras do Piauí, médico José Joaquim, falou ao longah.com da situação que encontrou a cidade e das ações iniciais que deve realizar para colocar a casa em ordem.
SALÁRIO
Ele garantiu que não vai receber o salário da Prefeitura e que optou por ficar com vencimento de médico, apesar de ser menor. ?Estes R$ 11 mil, que é o valor do salário de prefeito, prefiro investir na cidade?, disse o prefeito.
SAÚDE
O prefeito disse que a Saúde e a Educação será prioridade. ?A Saúde está sucateada. O posto de Saúde está sucateado. Até a água que abastece o prédio vem do poço de uma casa vizinha. A Prefeitura paga a energia desta casa. Por que não regularizaram este abastecimento? É puro descaso!?
De acordo com José Joaquim, a prática da ambulancioterapia é a que impera no município e que ele pretende interioriza-la através de postos nas localidades do interior. ?Ninguém precisa sair daqui para ir para Barras para serviços simples como retirada de ponto ou fazer suturas, colocaremos profissionais de enfermagem em todos estes postos?, completa.
As escolas também estão sucateadas, segundo José Joaquim. ?Há porcos dentro das escolas, muitas tomadas por cupins?, destacou.
PÚBLICO/PRIVADO
O público e o privado se misturam em Cabeceiras. É assim que o prefeito caracteriza contexto que encontrou lá. ?Ninguém sabe o limite. A prefeitura não tem carro. Todos eram alugados através de uma pseudo-associação, que respondia por muitos dos contratos da prefeitura como aluguel de imóveis e carros?.
TRANSIÇÃO
A transição não aconteceu, segundo o prefeito. Ninguém sabe dos documentos solicitados. ?Um diz que está com fulano, fulano diz que está com beltrano, beltrano viajou. Um descaso?, diz o prefeito, garantindo que vai fazer denúncia de tudo que encontrar e irregularidade ao tribunal de contas do estado, que, segundo ele, é a melhor auditoria que existe hoje.
?Mas a transição continua até março e, até lá, vamos cobrar o que for necessário?, completa.
SERVIDORES
O prefeito José Joaquim mostrou o relatório da estrutura organizacional da prefeitura de Cabeceiras, que foi feita no ano de 2008. De lá para cá, nenhuma mais foi feita. ?Vamos recadastrar os servidores públicos municipais para saber realmente quantos servidores a prefeitura tem, porque nem isso sabemos. Não vai ter caça às bruxas. Quem for da zona rural, vai trabalhar na zona rural, quem for da zona urbana, vai trabalhar na zona urbana. Mas todo mundo vai ter que dar expediente?, disse.
?As pessoas vão exercer a função para qual foram aprovados em concurso público. Quem for zelador será zelador. Quem for professor será professor. Aqui tinha zeladora exercendo a função de diretor de escola. Se tiver doutorado e for zelador será zelador ou então faça concurso novamente para a sua área.
Reportagem: Longah.com
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