A nossa reportagem visitou no último domingo a Floresta Fóssil, em Teresina, entrando pelo lado da Avenida Raul Lopes. Foi possível ver que temos um tesouro a céu aberto que está praticamente abandonado, sem visitação, sem uso e sem geração de riquezas. As pessoas precisam conhecer melhor essa floresta para que possam também cobrar melhorias da infraestrutura do parque.
É incrível como as prioridades chegam a ser definidas de forma errada. Uma floresta como esta deveria ser a prioridade número 1 de quem deseja estimular o turismo em Teresina. As pessoas de fora ficam boquiaberta quando sabem que temos uma floresta inteira que se petrificou há milhões de anos, em plena zona urbana, e que não têm qualquer utilidade como fonte geradora de riquezas e de conhecimentos; de recepção de turistas do mundo inteiro. Será que é pelo fato de não darmos valor para nossa cultura e para nossos verdadeiros valores?
No local, é possível ver galhas de árvores que viraram pedra, troncos fossilizados que começam a aparecer já que estavam cobertos com areia e há inclusive fósseis que viraram trempes de fogueiras para os pescadores fazerem alimentos. O que achei mais incrível foi uma galha de árvore, que, se não me engano, é de um angico branco que petrificou e está lá aparecendo aos poucos. A árvore inteira, que é mostrada na foto abaixo, virou fóssil.
Esta floresta há anos deveria estar recebendo muitos turistas. Mas para isso, é preciso que os arqueólogos passem a fazer campana lá para pesquisar e preparar as peças para as exposições. E é preciso também que haja uma infra-estrutura com passarelas adequadas para visitações.
Um estudioso do setor disse recentemente que vestígios da Floresta Fóssil de Teresina indicam que a nossa capital foi coberta pelo mar. Segundo ele, o local tem um significado muito grande para a ciência. Pois, então, vê-se que o que estamos dizendo tem fundamento.
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