O presidente do Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores (PT),em Amarante, Chico Noca, pediu afastamento do cargo após reunião realizada na última sexta-feira (29), em que Clemilton Queiroz (PT), declarou que não seria mais candidato pelo seu partido.
Procurado pelo militante, o portal Meio Norte, em Amarante, o entrevistou e publicou, logo abaixo, a explicação dada acerca do seu afastamento do cargo. Confira:
EXPLICAÇÃO DADA POR CHICO NOCA, EM ENTREVISTA!
Todo partido político tem o desejo de administrar e colocar o seu programa em favor da população. Desde a fundação do PT, em Amarante, temos lutado para o alcance desse objetivo. Tivemos, ao longo dos anos, altos e baixos. Após árduo trabalho de campanha para as próximas eleições, conseguimos estar em nosso melhor momento em toda a história do partido.
Eu tinha a convicção de que o companheiro que a gente defendia pudesse manter sua pré-candidatura. Até hoje, eu não tinha visto alguém liderar nas pesquisas e abandonar a campanha para apoiar o seu principal adversário! O Clemilton Queiroz ensinou a todos nós e à população a fazer oposição. Ele nos ensinou a não gostar da forma de administrar do atual prefeito e, na última hora, ele abandonou o barco e nos deixou. É como estarmos em um barco sem comandante.
Esse pedido que ele fez para ser candidato a vice-prefeito do Luiz Neto é pessoal. Eu estaria sendo incoerente comigo mesmo e com o partido se, após essa atitude, eu não pedisse o meu afastamento. Não há como argumentar que essa decisão de Clemilton Queiroz era falta de dinheiro, até porque o PT nunca fez campanha com dinheiro, pois entendemos que, em política, não se compra votos e nem eleitor. Política é para mostrar as propostas e se vencer eleições. Militância pequena é outro fator que não pode ser atribuído à decisão tomada por ele. A vontade da população é o suficiente; quando ela quer, tudo é possível.
A maior decepção não foi por mim, mas pelos que queriam Clemilton Queiroz na Prefeitura de Amarante, que também se sentiram abandonados por ele.
Durante todo esse tempo, fizemos mobilizações atuando nos movimentos sociais. Fizemos o Encontro do Partido com toda a militância, com grandes nomes do PT estadual; fizemos a grande caminhada das mulheres, estivemos nos movimentos sindicais, enfim, onde tinha gente, o PT estava junto, defendendo o povo.
Ao longo dos anos, fomos muito perseguidos pelo poder público. Este não era o momento para esta escolha. A população vai analisar e, da forma como foi tomada a decisão, o povo não acredita mais no Clemilton Queiroz, até porque, todos irão achar que ele aceitou essas propostas por questões próprias.
A vida continua! Tem muita gente boa que vai dar continuidade ao projeto do PT. Eu continuo como militante, pois o partido vai continuar defendendo os trabalhadores e a classe menos favorecida buscando condições dignas a todos os trabalhadores.
Deixo aqui o meu desabafo e os meus sinceros agradecimentos aos que, direta ou indiretamente, colaboraram com o meu trabalho enquanto presidente do partido ao longo dos anos.
As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.