Os profissionais formados no Brasil que aderiram ao ?Programa Mais Médicos?, começam a chegar nos municípios. Dos 224 municípios, apenas 23 aderiram ao programa. Dentre eles está a cidade de Prata que conta com pouco mais de três mil habitantes e não possui médico permanente e há muito tempo vem reivindicando a presença de pelo menos um para atendimento a sua população. Amarante solicitou mais quatro profissionais e conseguiu apenas um. Apesar de contar, atualmente, com uma equipe de saúde considerada boa para as proporções de sua população, inclusive uma das melhores do interior piauiense, com o aparelhamento dos postos e criações de Unidades Básicas, as reivindicações em busca de novos médicos é uma tônica da Secretaria Municipal de Saúde.
O Jornal Nacional da Rede Globo esteve em Amarante e entrevistou o Secretário Municipal de Saúde, Ítalo Queiroz e o prefeito municipal, Luiz Neto. Ítalo falou do trabalho em manter o médico durante toda a semana prestando serviços à coletividade. Geralmente, os médicos desejam trabalhar apenas dois dias e no máximo três. Para Rodrigo Ayres, médico experiente e com larga folha de serviços prestados à saúde amarantina, a razão da não permanência do médico se deve ao salário. Para ele, esse profissional deveria ganhar de R$ 16.000,00 a R$ 17.000,00 para se dedicar de forma exclusiva ou quase exclusiva ao serviço municipal.
O prefeito Luiz Neto, por sua vez, disse que a Prefeitura solicitou quatro médicos, recebeu apenas um, e não deseja ampliar o quadro. ?Existe uma contrapartida onerosa: temos que pagar moradia, hospedagem e os encargos sociais. Nós ainda corrermos o risco de perdermos os médicos que já estão contratados que podem aderir ao ?Programa Mais Médicos?, por ver nesse programa mais vantagens?, assinalou Luiz Neto. Talvez, por isso, 221 municípios piauienses não aderiram ao ?Programa Mais Médicos?.
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