Estudiosos da USP em Ribeirão Preto (SP) desenvolveram uma forma de tratamento tópico de combate ao câncer de pele que faz uso de nanopartículas de quimioterápicos associadas a choques elétricos de baixa intensidade.
Além de proporcionar uma absorção maior do medicamento na pele, a nova forma permite que a substância se concentre na região que precisa ser tratada e não se espalhe pela corrente sanguínea, como ocorre com a quimioterapia convencional.
“É um tratamento não invasivo, porque não estou injetando nada no paciente. A aplicação subcutânea deveria ser muito melhor, mas não foi nesse caso, porque melhoramos a formulação e o método de aplicação”, diz Renata, que é professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas.
Choques elétricos
Para facilitar ainda mais a penetração do fármaco desenvolvido em laboratório, os pesquisadores utilizaram choques elétricos de baixa intensidade: a iontoforese, que não causa dor e provoca apenas um formigamento sobre a pele.
“Se eu associo tudo isso com um sistema de liberação, no caso a iontoforese, consigo colocar alguns desses sistemas de liberação dentro da pele, porque a nanopartícula é pequenininha, mas não entra na pele sozinha”, explica a professora.