A Sony pediu nesta sexta-feira (10) que os consumidores parem de usar "imediatamente" os novos laptops da série Vaio Fit 11A devido a um problema na bateria.
"Existe um perigo de aquecimento da bateria que pode danificar uma parte do computador", destacou a empresa em um comunicado.
De acordo com a Sony, foram vendidas 25.905 unidades no mundo até o momento.
"Pedimos aos clientes que desliguem imediatamente o computador, desconectem o cabo da máquina e a tomada da rede elétrica e deixem de utilizá-lo", completa a empresa na nota oficial.
"Estamos estudando como reparar e controlar gratuitamente os produtos afetados", explicou o grupo, que tenta identificar os números de série envolvidos.
"Informações detalhadas serão divulgadas nas próximas duas semanas", prosseguiu.
Um porta-voz da empresa disse que as baterias não foram produzidas pela Sony e sim pela também japonesa Panasonic-Sanyo, uma das duas principais fabricantes mundiais.
O modelo Vaio Fit 11A tem a particularidade de poder ser transformado em tablet.
Um porta-voz da Panasonic disse "não estar informado da existência de outros problemas, além dos revelados pela Sony".
Esta situação ocorre no momento em que a Sony está a ponto de vender a um fundo de investimentos a sua divisão de computadores pessoais (PCs), que não são tão rentáveis, nem estratégicos quanto os smartphones e os tablets.
Não é a primeira vez que a gigante japonesa de eletrônica enfrenta um problema de baterias. Em 2006, a empresa teve que fazer um grande recall de PCs por causa de um defeito de fabricação nesses componentes que também tinham sido vendidos na época a outras empresas como Dell, Apple, Toshiba, Gateway, Fujitsu e Lenovo.
O grupo se viu forçado a substituir 9,6 milhões de baterias de íons de lítio, também devido ao risco de aquecimento.
As baterias de íons de lítio são produtos que muitas vezes apresentam vantagens em comparação com os modelos que se baseiam em tecnologias anteriores. No entanto, o procedimento de fabricação e as condições de sua montagem e uso devem ser estritamente respeitados, pois caso contrário, um defeito mínimo pode gerar um aquecimento dificilmente controlável.
Este mesmo tipo de problema aconteceu nas baterias de íons de lítio dos aviões Boeing 787, no começo de 2013, obrigando o construtor aeronáutico americano a não fazer voar estas aeronaves durante quatro meses e adotar precauções técnicas suplementares para evitar um perigoso aquecimento.
Também foram feitos recalls para revisão de carros elétricos equipados com este tipo de bateria, devido a problemas similares, em especial por parte do construtor japonês Mitsubishi Motors, em abril de 2013.