O Ministério da Justiça do Reino Unido confirmou nesta terça-feira (21/8) que está tendo problemas com a disponibilidade de seu site, e não tem prazo definido para resolver a questão. A página foi retirada do ar pelo Anonymous, como parte "Operação Assange Livre", afirmou o grupo na segunda-feira (20/8), por meio do Twitter.
Os hackers exigem liberdade para o fundador do Wikileaks, Julian Assange, que teve asilo político concedido pelo Equador na semana passada. A polícia britânica declarou que vai prender Assange se ele sair da embaixada do Equador, em Londres, onde ele se refugia desde junho, e o extraditará à Suécia, onde ele é procurado por investigações sobre suposta má conduta sexual.
As medidas tomadas para manter o site funcionando avisam que alguns visitantes podem ficar intermitentemente incapazes de acessar o site, de acordo com um comunicado oficial.
Outras páginas do governo, incluindo a do Departamento de Trabalho e Pensões, do Ministério do Interior e do Primeiro-Ministro, também têm sido alvos, de acordo com declarações do Anonymous via Twitter. Mas aparentemente eles não foram tão atingidos.
O Equador disse que garantiu asilo político a Assange porque teme que ele seja processado e extraditado da Suécia para os EUA, por acusações relacionadas a informações publicadas no WikiLeaks.
Na segunda-feira (20/8), Assange fez sua primeira aparição pública desde que se refugiou na embaixada do Equador, em Londres, em junho. Falando da sacada do prédio, o fundador do Wikileaks pediu aos governos, em especial o dos Estados Unidos, para parar com a perseguição a denunciantes políticos.
Dois dos vazamentos mais amplamente relatados pelo WikiLeaks envolvem cabos diplomáticos dos EUA e um vídeo que mostra um helicóptero dos Estados Unidos atirando contra o Iraque (o chamado "Assassinato Colateral"). Um soldado do Exército dos Estados Unidos, Bradley Manning, é acusado de vazar os documentos e está aguardando julgamento militar.