A Microsoft divulgou nesta terça-feira (22) que registrou no segundo trimestre receita 17% maior, superior às expectativas de Wall Street. Por outro lado, o lucro da empresa caiu 7%, devido em parte à incorporação do negócio de aparelhos móveis da Nokia.
As ações da maior companhia de software do mundo, que atingiram a máxima em 14 anos esta semana, operavam estáveis no pós-pregão nos Estados Unidos.
"Os resultados são bons o suficiente para Wall Street e é mais um passo na direção certa", disse o analista Daniel Ives, da FBR Capital Markets. "A Nokia foi um pouco pior do que o mercado esperava, mas não é surpreendente dado os principais desafios de crescimento que o negócio enfrenta."
A receita no último trimestre cresceu 17%, para US$ 23,38 bilhões, acima da estimativa de analistas de US$ 23 bilhões, principalmente por causa das vendas adicionais da Nokia.
Comprada pela Microsoft neste ano em uma tentativa de brigar com Apple e Samsung pelo mercado de smartphones, A Nokia adicionou quase US$ 2 bilhões à receita trimestral da Microsoft, mas teve um prejuízo operacional de US$ 692 milhões.
Os celulares Lumia da Nokia não têm atingido o sucesso que a Microsoft esperava, conseguindo 4% do mercado global. As vendas do Lumia chegaram a 5,8 milhões de unidades nas nove semanas em que a Nokia fez parte da Microsoft. No segundo trimestre, a Apple vendeu 35,2 milhões de iPhones.
A Microsoft está no processo de redução drástica da operação da Nokia, fechando algumas fábricas e demitindo quase metade dos 25 mil empregados, à medida em que busca controlar custos e voltar a se concentrar em computação na nuvem sob um plano lançado pelo novo presidente-executivo do grupo, Satya Nadella, na semana passada.
A Microsoft divulgou para o trimestre de abril a junho lucro de US$ 4,61 bilhões (equivalente a US$ 0,55 por ação), abaixo dos US$ 4,96 bilhões (US$ 0,59 por ação) no mesmo trimestre do ano anterior.
Wall Street esperava lucro por ação de US$ 0,60, em média, apesar de não ter ficado claro como analistas calcularam o desempenho e o custo da integração da operação da Nokia, que tornou-se parte da Microsoft em abril.