Hackers podem ter roubado chaves que protegem chips usados em celulares de todo o mundo

As informações são do portal investigativo na internet The Intercep, que cita documentos fornecidos pelo ex-prestador de serviços da NSA Edward Snowden

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Espiões da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos invadiram os computadores da maior fabricante de chips SIM do mundo, a Gemalto, tendo acesso a chamadas, mensagens de texto e e-mails de bilhões de usuários de celulares ao redor do mundo, inclusive no Brasil.


As informações são do portal investigativo na internet The Intercep, que cita documentos fornecidos pelo ex-prestador de serviços da NSA Edward Snowden.

A companhia disse na última sexta-feira (20) que estava investigando se a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) e a agência britânica GCHQ haviam invadido seus sistemas para roubar códigos-chave de encriptação que podem destravar as configurações de segurança de bilhões de telefones celulares.

Segundo o site, a invasão foi detalhada em um documento secreto da GCHQ datado de 2010 e permitiu à NSA e à GCHQ monitorar grandes quantidades de comunicações móveis em voz e dados ao redor do mundo sem a permissão dos respectivos governos, companhias telefônicas e usuários.

Nesta segunda-feira (23), a empresa, que produz cerca de 2 bilhões de cartões SIM por ano, disse em comunicado que os resultados iniciais de uma investigação interna "indicam que os produtos SIM são seguros", sem oferecer mais detalhes. A multinacional marcou para a próxima quarta-feira (25) uma conferência global.

A franco-holandesa Gemalto fabrica chips inteligentes para celulares, cartões bancários e passaportes biométricos e tem a Verizon, a AT&T e a Vodafone entre seus 450 clientes provedores de rede sem fio ao redor do mundo. A empresa atua no Brasil desde 1999 e tem escritórios em São Paulo e no Rio de Janeiro.

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