O Google, que domina 66% das buscas, está prestes a fazer mudanças profundas em seu mecanismo de pesquisa. Dado o peso da empresa no tráfego para sites, as mudanças podem ter impacto profundo em toda a web. E, claro, aumento no lucro na empresa.
De acordo com reportagem do Wall Street Journal, ao longo dos próximos meses, o serviço vai responder às pesquisas na forma de fatos e respostas diretas, em vez de somente uma lista de links.
Isso não quer dizer que o Google vá modificar o tradicional sistema de busca por palavras-chave, que enumera os sites conforme as palavras que contém, o quanto outros sites apontam para ele, e vários outros critérios (muitos secretos). A empresa quer oferecer uma "busca semântica" ? em que o contexto da pesquisa faz parte do processo, em busca de uma forma mais "natural" de entender o desejo dos usuários.
Amit Singhal, executivo de buscas, que o Google irá relacionar melhor as pesquisas com seu gigantesco banco de dados contendo milhões de "entidades" (pessoas, lugares e coisas) construído nos últimos dois anos.
O objetivo, diz Singhal, é que os resultados do Google sejam mais inteligentes. "Hoje cruzamos os dedos e esperamos que surja uma página com a resposta", diz.
Um exemplo do pretendido: ao pesquisar por uma cidade, o mecanismo irá retornar sua localização, temperatura média, atrações turísticas. Hoje, provavelmente recebe a página da cidade, um link para a Wikipedia e sugestões de fotos.
Para uma pergunta mais complexa, como "Qual os 10 maiores PIBs do mundo?", o Google daria o ranking, em vez de uma links para outros sites.
Tecnicamente, isso envolve uma mudança na forma como o Google analisa uma página. Hoje, o motor busca por palavras-chave. Com a busca semântica, ele vai caçar informações, dentro dessa página, ligadas à "entidade". Então, a partir da relevância desse site, o Google decide se esses dados serão apresentados ao internauta, e como.