O presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, está planejando realizar sua segunda visita à China enquanto a maior rede social do mundo procura a melhor maneira de se expandir naquele país. "A missão de nossa empresa é realmente clara, ou seja, conectar o mundo inteiro," disse Sheryl Sandberg, vice-presidente de operações do Facebook, durante o Reuters Global Technology Summit, na quinta-feira.
"E é impossível pensar sobre conectar o mundo inteiro, no momento, sem conectar também a China." Sandberg classificou a oferta pública inicial de ações do Facebook como "inevitável", mas se recusou a detalhar o momento em que a empresa planeja realizá-la. "É um processo pelo qual passam todas as empresas. É um processo inevitável para nós, a próxima coisa a acontecer," disse. "As pessoas costumavam nos perguntar se a empresa seria vendida. Agora pararam de fazer essa pergunta. Ninguém vai nos comprar, abriremos nosso capital".
Os comentários foram feitos no dia em que o LinkedIn, rede social para contatos profissionais, estreou como companhia aberta, com suas ações disparando mais de 100% no mercado norte-americano. Segundo Sandberg, a abertura de capital do LinkedIn validou a importância dos negócios que fundamentam uma rede social.
Criado em um dormitório da Universidade de Harvard em 2004, por Zuckerberg, 27, o Facebook ameaça companhias de internet como Google e Yahoo ao se tornar um popular destino online para internautas e um importante canal de marketing para anunciantes. No primeiro trimestre, o Facebook respondeu por quase um terço dos anúncios online em formato convencional vistos nos Estados Unidos, de acordo com o grupo de pesquisas comScore.
"Estamos ganhando posição central nas estratégias publicitárias de terceiros e em suas compras de mídia, com verbas que cresceram de dezenas de milhares para milhões de dólares, e ainda além. Temos centenas de milhares de anunciantes," disse Sandberg, que se recusou a fornecer números específicos sobre a receita do Facebook.