A ONG Privacy International, dedicada a “proteger a democracia e defender a dignidade” do público contra “governos e corporações que usam a tecnologia para nos explorar” analisou apps para controle do ciclo menstrual para determinar quais dados sobre as usuárias são coletados, como são armazenados e com quem são compartilhados.
Dados como a dificuldade de atingir um orgasmo, medicamentos que usam regularmente, hábitos de masturbação, frequência de relações sexuais e até mesmo sobre a satisfação com a aparência são armazenados nos servidores das empresas e compartilhados com terceiros, entre eles empresas como a Amazon e Google, que podem usá-los para criar perfis para exibição de publicidade altamente focada e lucrativa.
Eva Blum-Dumontet, pesquisadora sênior da ONG, usou cinco apps populares e depois solicitou aos desenvolvedores acesso aos dados coletados sobre ela. Dos cinco apps para controle do ciclo menstrual analisados, apenas dois responderam ao DSAR no prazo estabelecido pela lei (um mês a partir da data do pedido). Um não deu acesso aos dados, um nunca respondeu e outro se recusou a autorizar a publicação das informações.