A Internet pode ser tão viciante quanto o ecstasy. Pelo menos, é o que garante um novo estudo realizado pela divisão de ciências humanas e sociais da Swansea University, no Reino Unido. A pesquisa afirma que as pessoas que costumam navegar horas e horas pela web podem sentir uma depressão semelhante a de quem fica sem utilizar a droga pela qual é viciado se forem forçadas a pararem de usar a rede.
O estudo entrevistou 60 voluntários com média de idade de 25 anos. De acordo com os professores, pode haver "sérias surpesas" na sociedade caso a utilização da Internet aumente como o esperado. Phil Reed, do departamento de psicologia da universidade responsável pela pesquisa, afirmou que "os resultados mostram que as pessoas gastam tanto tempo na rede que isso traz consequências negativas para suas vidas".
A pesquisa foi publicada no jornal interancional Plus One e foi a primeira do tipo a confirmar efeitos psicológicos negativos do uso da Internet. O estudo foi realizado da seguinte forma: primeiro, os usuários fizeram diversos testes para saber seus níveis de "vício" na web, além de seu humor, nível de ansiedade e de depressão. Depois, eles tinham 15 minutos para navegar antes de serem testados novamente. Os resultados foram impressionanantes, segundo os pesquisadores. A "abstinência" da web após um certo tempo se assemelha à causada por drogas.
"Quando as pessoas ficaram offline, elas tiveram o humor piorado - assim como acontece com pessoas depois de usarem drogas ilegais, como o ecstasy. Estes resultados iniciais, correlacionados com outros estudos sobre funcionamento do cérebro, mostram que pode haver muitos problemas para o bem estar dos viciados em Internet", avaliou o professor Phil Reed.
Assim, o estudo concluiu que usar a Internet pode ter um impacto significativo no humor do internauta. Obviamente, nem todos apresentam o mesmo comportamento, porém a utilização em excesso da grrande rede pode ter efeitos bastante negativos e chegar ao ponto de causar "longa depressão", "insatisfação impulsiva" e até mesmo "autismo".