Para aprimorar as ações de prevenção da aids, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo está realizando, desde o início deste mês, uma pesquisa na região central da capital paulista.
Cerca de mil pessoas, entre gays, homens que fazem sexo com homens e travestis, serão ouvidas nos próximos três meses sobre práticas sexuais e prevenção do HIV para compor o estudo.
O objetivo da pesquisa, chamada de projeto SampaCentro e realizada em parceria com a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, é conhecer melhor os hábitos deste público para melhorar a prevenção.
Serão abordados frequentadores de bares, boates, academias, cinemas e outros espaços na área dos bairros República e Consolação. O público abordado foi escolhido com base nos dados epidemiológicos do programa estadual de DST/aids.
Os números apontam que a prevalência de HIV/aids entre a população geral é de 0,6%, enquanto em gays e outros HSHs (homens que fazem sexo com homens) chega a 10,5%. Além do questionário, o projeto irá promover testes gratuitos de HIV em postos itinerantes, que poderão funcionar em uma van ou dentro de estabelecimentos onde os pesquisadores ficarão.
Eles estarão vestidos com colete azul para serem facilmente identificados. Os locais para instalação dos postos de testes serão sorteados e o resultado sai na hora.
"É importante ainda salientar que todas as respostas fornecidas pelos participantes serão mantidas em sigilo, bem como suas identidades", afirma a médica Maria Amélia Veras, uma das coordenadoras do projeto.