Os pilotos do avião polonês que caiu neste sábado em Smolensk ignoraram as instruções dos controladores aéreos russos, informou neste sábado o subcomandante do Estado-Maior das Forças Aéreas russas, Alexandre Aliochine, citado pelas agências de notícias locais. Com a queda, além do presidente polonês, Lech Kaczynski, outras 95 pessoas morreram.
"A uma distância de 1,5 Km, o grupo de controle aéreo detectou que os pilotos haviam acelerado a descida estando abaixo do nível de aproximação" determinado para a pista, disse o general Alexander Alyoshin. O chefe dos controladores "ordenou, então, à tripulação que retornasse a um voo horizontal nivelado e, ao verificar que as instruções não estavam sendo obedecidas, determinou várias vezes que pousassem em outro aeroporto", continuou. "Lamentavelmente, prosseguiram a descida que terminou em tragédia", afirmou o general Alyoshin.
O acidente
Lech Kaczynski, presidente da Polônia, morreu no sábado (10) quando o avião que o transportava se acidentou próximo de um aeroporto na Rússia. O acidente aconteceu pouco antes das 11h de Moscou (4h em Brasília).A aeronave, um Tupolev-154, viajava de Varsóvia para a cidade russa de Smolensk, a 420 km da capital Moscou, onde as autoridades polonesas participariam de uma cerimônia para lembrar os 70 anos de um massacre de mais de 20 mil prisioneiros de guerra por forças russas na floresta de Katyn durante a Segunda Guerra Mundial.
O chefe de Estado viajava com a primeira-dama, Maria, e altos oficiais do seu gabinete, incluindo o presidente do Banco Central. Uma das caixas-pretas do avião foi encontrada no local da tragédia, informou um funcionário do governo regional à agência Interfax.
A morte de Kaczysnki repercutiu entre outras personalidades da política mundial, como o presidente dos EUA, Barack Obama, o rei Juan Carlos, da Espanha, e o papa Bento XVI.