Ruas de São Paulo deixam de ter nomes de militares da ditadura

A mudança faz parte do programa Ruas de Memória.

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O fim da ditadura militar iniciada em 1964 já completou 30 anos, mas os responsáveis pelos regimes continuam sendo homenageados em várias cidades do país. Seus nomes batizam escolas, pontes e avenidas, mas isso vem mudando nos últimos anos. E São Paulo deu um grande passo nessa direção.

O Elevado Presidente Arthur da Costa e Silva, conhecido como Minhocão, foi batizado em homenagem ao Marechal que governo o país entre 1967 e 1969, período em que o regime endureceu seus métodos de controle. A partir do dia 25 de julho de 2016, a via passa a se chamar Elevado Presidente João Goulart, o governante deposto pelo golpe militar, por planejar reformas políticas e trabalhistas profundas.

A mudança faz parte do programa Ruas de Memória, lançado pela prefeitura paulistana em 2015 com o objetivo de alterar os nomes de logradouros públicos que “homenageiam pessoas vinculadas à repressão do regime militar, os ressignificando com o nome daqueles que lutaram pela democracia, liberdade e direitos humanos”.

Segundo a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, existiam em São Paulo, em 2015, 38 logradouros batizados em referência ao período, dos quais 22 homenageiam ditadores, torturadores ou chefes dos serviços de segurança que serviram à repressão.

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