Em dias de jogos da Copa, risco de torcedores do sexo masculino terem problemas cardíacos é multiplicado por 3,26; para as torcedoras, fator é de 1,8 vez
O coração dos brasileiros vai bater forte quando a seleção entrar em campo, daqui a pouco mais de duas semanas. E não é modo de dizer. Uma pesquisa realizada pela Universidade de Munique no último mundial mostrou que, entre os alemães do sexo masculino, o risco de eventos cardíacos graves, como infartos, pode triplicar.
Foi o que ocorreu em 1994 com o professor universitário Renato Ladeia. Ele tinha 46 anos quando passou mal enquanto Brasil e Itália decidiam a Copa nos pênaltis. "Senti um pouco de pressão no peito, mal-estar, muita angústia. Foi muita ansiedade vendo aquele jogo", conta.
Defesa TaffarelTaffarel defende pênalti do italiano Daniele Massaro na decisão da Copa de 1994, em um dos instantes de maior tensão da história do futebol. Foi nesse momento que o professor universitário Renato Ladeia, que tinha 46 anos, percebeu os primeiros sintomas de um problema cardíaco que culminaria em um infarto.
Levado ao hospital enquanto os rojões comemoravam o tetracampeonato, ele foi liberado pelos médicos, mas o infarto veio três meses depois. Com dois stents ("molas" que liberam a passagem do sangue) no coração, Ladeia pretende ficar longe da TV nos jogos da África do Sul. "Sou uma pessoa muito tensa. Nos jogos de futebol eu chuto junto com o jogador."