Diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares são duas das principais causas de morte no Brasil. E a ingestão excessiva de calorias é um dos principais causadores desses dois males. A substituição de açúcares por fibras está entre as soluções apontadas por especialistas para melhorar esse cenário, discussão cada vez mais presente na saúde pública de toda a América Latina.
De acordo com Renata Cassar, gerente de Nutrição da Tate & Lyle para América Latina, as fibras podem substituir os açúcares em inúmeras aplicações. "Uma ingestão adequada de fibras (de 25 g a 29 g diários) pode ajudar na redução do risco de doenças cardíacas coronárias (17% a 31%); de diabetes tipo 2 (10% a 22%), e de câncer colorretal (11% a 22%), além de auxiliar na redução de colesterol, pressão sanguínea e do peso corporal", afirma.
Soma-se a isso o fato de que nenhum tipo de dieta adotada no mundo oferece a quantidade ideal de fibras para a boa saúde humana. Segundo a especialista, em regiões com países emergentes, como a América Latina, a prosperidade econômica tem trazido consigo novos desafios para a saúde pública.
"Consumidores com mais poder e opções de compra nem sempre fazem as melhores escolhas quando o assunto é a sua própria saúde. O aumento da obesidade adulta e infantil é prova disso. Mas a tecnologia já é capaz de oferecer ingredientes capazes de substituir o açúcar e reduzir as calorias, mantendo o mesmo sabor e aceitação", afirma Renata.
A promoção da saúde por meio de uma alimentação saudável e equilibrada é uma grande tendência. Uma ferramenta importante para o melhor equilíbrio nutricional reside em incluir mais vegetais na alimentação, suplementos e produtos alimentícios adicionados com fibras. Atualmente, até alimentos mais indulgentes chegam ao mercado com um perfil nutricional mais equilibrado, como sorvetes com fibras prebióticas, por exemplo.
Um estudo da Tate & Lyle mostra que quase 90% dos consumidores brasileiros estão preocupados com a saúde digestiva e 49% dos brasileiros pagariam mais por alimentos com fibras. "Cresce a procura por alimentos que se conectem com a ideia de healthy living, muito mais do que o consumo de produtos diet ou light", comenta Marina Di Migueli, gerente de Marketing para América Latina da Tate & Lyle.