SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)
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Três pessoas morreram e uma quarta continua internada em estado grave depois de serem atingidas por um raio enquanto visitavam um parque localizado em frente à Casa Branca, em Washington, no início da noite de quinta-feira (4).
O raio caiu perto de uma árvore a poucos metros da cerca que circunda a residência presidencial, por volta de 19h no horário local. Os aposentados Donna, 75, e James Mueller, 76, que eram de Wisconsin, tiveram a morte anunciada na manhã desta sexta (5). Horas depois, foi confirmado o óbito de um homem de 29 anos, que teve a identidade preservada para que, de acordo com o jornal The Washington Post, a família pudesse ser notificada.
Até a publicação deste texto, a quarta pessoa atingida, uma mulher também ainda não identificada, continuava no hospital. Não está claro se ela tem alguma relação com o homem que morreu.
Câmeras do canal meteorológico da Fox 5 capturaram o momento em que um raio caiu perto da Casa Branca próximo ao horário em que os bombeiros foram acionados por agentes de segurança que estavam no local para socorrer as vítimas.
"Estamos tristes com a trágica perda de vidas", disse a Casa Branca em comunicado nesta sexta. "Nossos corações estão com as famílias que perderam entes queridos e estamos orando por aqueles que ainda lutam por suas vidas." O casal de Wisconsin, segundo o Post, estava em Washington em uma viagem para celebrar os 56 anos de união.
A Lafayette Square é um parque público que costuma ficar cheio durante o verão do hemisfério Norte. No dia do acidente, as temperaturas em Washington ultrapassaram 32,2°C, com sensação térmica de quase 38°C devido à alta umidade. Condições quentes e úmidas são propícias para descargas elétricas.
De acordo com o Post, hoje em média 23 pessoas morrem por ano após serem atingidas por raios nos EUA. Com as mortes de agora, o número de vítimas em 2022 subiu para 12–uma a mais do que o total do ano anterior.
Cientistas dizem que a emergência climática está aumentando a probabilidade de relâmpagos. Mais calor pode atrair mais umidade para a atmosfera, ao mesmo tempo que incentiva a rápida corrente ascendente -dois fatores-chave para partículas carregadas.
Um estudo divulgado em 2014 na revista Science alertou que o número de relâmpagos nos EUA poderia aumentar em 50% neste século. Cada 1°C de aquecimento se traduziria em um aumento de 12%.
Além dos Estados Unidos, há evidências de que raios também estão disparando no Brasil, que já é o país mais atingido no mundo.
Mesmo com o possível aumento nos episódios, as chances de alguém ser atingido é baixa, menos de uma em 1 milhão. Dos que são atingidos, cerca de 90% sobrevivem, de acordo com o CDC (Centro de Controle de Doenças dos EUA).