O ano de 2025 iniciou com um marco histórico em termos de calor global, de acordo com dados da agência espacial europeia, Copernicus. O mês passado foi o janeiro mais quente já documentado, apresentando temperaturas 1,75°C superiores aos níveis pré-industriais (1850-1900), período utilizado como base para monitorar o aumento do aquecimento global.
Janeiro também representou um momento crítico para as regiões polares, com uma retração recorde de gelo no Ártico para o mês, igualando a pior marca já registrada, de 2018 (aproximadamente 10,5 milhões de km²). Na Antártida, a extensão do gelo ficou 5% abaixo da média para janeiro, um resultado um pouco melhor em relação ao mesmo mês nos dois anos anteriores (os mais quentes já documentados), e próximo da média quando comparado a outros anos recentes.
Esse cenário contrasta com os valores recordes ou quase recordes observados entre 2023 e 2024.
Sequência de temperaturas elevadas
Janeiro continua uma sequência de temperaturas elevadas, mantendo os termômetros em destaque no noticiário após 2024 ter sido o primeiro ano a registrar um aquecimento superior a 1,5°C em relação ao período pré-industrial. Esse aumento, segundo cientistas, é resultado principalmente da queima de combustíveis derivados do petróleo.
Conforme o Copernicus, que utiliza dados coletados por satélites, navios, aeronaves e estações meteorológicas ao redor do mundo, a média global de temperatura em 2024 atingiu 1,6°C. Esse dado acende um alerta em relação ao limite estabelecido pelos cientistas do IPCC no Acordo de Paris, que definiu 1,5°C de aquecimento até 2050 como o patamar minimamente seguro para a humanidade lidar com eventos climáticos extremos causados pelas mudanças na atmosfera.