Em audiência pública realizada na tarde de ontem, representantes do poder público do Piauí e Maranhão estiveram reunidos para tentar resolver o impasse envolvendo os municípios do Estado vizinho e a saúde da capital, Teresina.
Na ocasião, o secretário municipal da pasta, Aderivaldo Andrade, propôs para a subsecretária de saúde do Maranhão, Rosângela Curado, que o número de cidades maranhenses atendidas no Piauí, no que tange ao tratamento oncológico, fosse reduzido de 39 para 26.
A proposta foi bem recebida e a gestora aceitou concretizar a mudança, ressaltando o desejo do governador Flávio Dino (PC do B) em torno de uma solução. “Desde que seja regulado o sistema, o Maranhão irá cumprir”, garantiu.
Segundo Curado, ambos en-frentam a mesma dificuldade em encontrar uma porta de entrada para os pacientes com câncer, apontando para a realização de um trabalho cuidadoso sob a questão.
Com isso, o governo maranhense pediu um prazo de 15 dias para apresentar uma definição quanto ao sistema de regulação a ser implantado. O único ponto de conflito, porém, envolveu o repasse dos recursos para Teresina, já que Aderivaldo Andrade apontou que a capital teria gasto aproximadamente R$ 25 milhões com os pacientes do Estado vizinho, contudo o Executivo do Maranhão reconhece apenas R$ 8 milhões.
Com isso, a subsecretaria também chamou a atenção para a necessidade das autoridades teresinenses detalharem as despesas absorvidas pelo montante de R$ 420 mil repassado pelo governo maranhense e ainda contestou o teto solicitado de R$ 950 mil.
A audiência foi intermediada pela juíza Marina Cavalcante, da 5a. Vara Federal, o principal objetivo da convocação foi pactuar a regulação, de modo que possa agilizar os processos, tendo em vista que corriqueiramente pacientes maranhenses tem impetrado ações contra a Prefeitura Municipal de Teresina, obrigando os hospitais da capital a concederem o tratamento necessário.
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