Pelo menos três pessoas morreram após um ataque realizado na manhã desta terça-feira (26) em uma igreja em Saint-Etienne-du-Rouvray, nas proximidades de Rouen, na França. O refém morto é o padre Jacques Hamel, de 84 anos, que teria sido degolado.
As outras duas vítimas são os agressores, que foram "neutralizados" pelas forças de segurança, de acordo com o Ministério do Interior francês. Além disso, uma religiosa foi hospitalizada em estado grave e um policial ficou ferido durante a operação.
O Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque. Em comunicado, os jihadistas disseram que o atentado foi realizado por "dois soldados" do grupo.
Segundo o promotor antiterrorismo François Molins, um dos responsáveis pelo ataque chama-se Adel Kermiche, que já havia cumprido prisão domiciliar, O outro ainda não foi identificado. Ambos, disse Molins, já haviam tentado ir para a Síria.
Os criminosos teriam invadido a igreja portando facas e fizeram, além do padre e da fiel, duas freiras e outras pessoas presentes no local como reféns.
Uma terceira religiosa que conseguiu fugir avisou as autoridades, que rodearam o templo com agentes do corpo de elite da Brigada de Investigação e Intervenção (BRI) da polícia.
De acordo com Molins, um dos agressores correu em direção aos policiais gritando "Alá é grande".
O presidente francês, François Hollande, original da vizinha cidade de Rouen, chegou a Saint-Étienne-du-Rouvray, acompanhado pelo ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, e declarou que os sequestradores eram "terroristas" do Estado Islâmico.
"Estamos mais uma vez enfrentando um teste, a ameaça é muito elevada", disse Hollande, acrescentando que se trata "de uma guerra para ser conduzida por todas as frentes, no âmbito do respeito aos direitos". "Os terroristas querem nos dividir."
O primeiro-ministro, Manuel Valls, expressou em uma primeira reação através de Twitter seu "horror" contra o "bárbaro ataque na igreja, que "fere a todos os franceses".
O papa Francisco lamentou o episódio e, segundo o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, está rezando pelas vítimas. O pontífice condenou "esta violência absurda" e "toda forma de ódio".
A França está em estado de alerta desde 13 de novembro do ano passado, quando ataques jihadistas deixaram 130 mortos e centenas de feridos na capital, Paris. A medida de segurança foi estendida após, no último dia 14, um homem ligado ao EI ter feito outras 84 vítimas em Nice.