O assunto tem dominado os grupos de pais e de escolas no WhatsApp, desde que a personagem Momo tem inundado as redes sociais e a internet com vídeos de conteúdo infantil (como os que ensinam a fazer slime e da canção Baby Shark) em versões editadas, com interrupções de alguns segundos, em que a personagem Momo, com dublagens em inglês e em espanhol e imagens gráficas, estimula as crianças a cortarem os próprios pulsos.
Embora os vídeos circulem amplamente no WhatsApp, até esta segunda-feira não havia nenhuma evidência concreta de que tenha circulado na plataforma YouTube Kids, como diziam os rumores divulgados por WhatsApp. .
Mesmo assim especialistas sugerem aos pais que parem de compartilhar o vídeo com a personagem Momo, mesmo que a intenção por trás disso seja a de alertar amigos. Também recomendam que aproveitem a oportunidade para ensinar navegação segura às crianças.
A personagem com olhos esbugalhados e sorriso sinistro teve sua imagem disseminada pelo WhatsApp, como um desafio viral que começou no México e se espalhou pelo mundo no ano passado, no qual os participantes eram estimulados a se comunicar com um número desconhecido.
Especialistas recomendam que os pais não mostrem o vídeo a crianças, embora possam aproveitar a oportunidade para discutir o tema - principalmente se eles já o tiverem assistido.
"Não é o caso de se ignorar, mas tampouco de ter uma abordagem alarmista", sugere Rodrigo Nejm, psicólogo e diretor de educação da ONG Safernet.
Especialistas entrevistados pela BBC Brasil sugerem que os pais usem aplicativos de monitoramento do acesso online de crianças ou usem o YouTube em versões como a Go, que permite baixar offline apenas vídeos que tenham sido pré-aprovados para as crianças menores.
Fonte: BBC News Brasil