Os moradores da maior cidade do Paquist?o come?aram a sair de suas casas neste domingo e se esfor?am para encontrar comida e combust?vel entre os pr?dios queimados, vidra?as quebradas e carros queimados por Karachi.
Com a pol?cia e o Ex?rcito fazendo a patrulha, a cidade pareceu tranq?ila pela primeira vez desde o assassinato da ex-premi? Benazir Bhutto na quinta-feira (27), que desencadeou uma onda de violentos protestos pelo pa?s.
Os tr?s dias de manifesta?es e confrontos deixaram ao menos 40 mortos na Prov?ncia de Sindh, onde fica Karachi.
Centenas de ag?ncias banc?rias foram destru?das e 950 ve?culos foram incendiados.
O porto da cidade, normalmente movimentado, continuava completamente vazio. Quase todas as lojas continuavam fechadas. As ruas, que costumam ter tr?fego pesado, ficaram vazias, permitindo que crian?as jogassem cricket..
Mohammed Umar, 60, servidor p?blico aposentado, saiu de casa para comprar farinha em uma das duas lojas abertas na principal regi?o comercial. Ele afirmou que sua mulher normalmente faz p?es em casa, mas que eles estavam sem farinha, leite e a?car.
Na noite anterior, Umar disse ter visto pessoas arrombando os cadeados de lojas, e perguntou por que a pol?cia n?o estava tomando medidas mais agressivas para conter o caos.
"O governo ? totalmente respons?vel por isso", afirmou.
Ao lado, Mussarad Nasim Albert comprou sab?o de lavar roupa de um supermercado, atrav?s de uma grade fechada, que normalmente fica aberta durante o hor?rio comercial.
Ela lamentou que os produtos estejam sendo vendidos por quase o dobro do pre?o e comprou apenas o que necessitava, como batatas e cebolas, por causa da infla??o, que aumentou com a crise.
Mohammad Shoaib, 18, aguardava em um posto de gasolina para abastecer sua moto. Ele devia fazer um teste para se graduar em ci?ncias da computa??o, mas a prova foi adiada indefinidamente devido ? viol?ncia.
Policiais munidos de rifles faziam a guarda nas esquinas da cidade, e patrulhas militares em jipes rodavam pelas partes mais violentas de Karachi.