A mãe da adolescente morta no parque Hopi Hari na última sexta-feira contou em detalhes os momentos que sucederam a queda da filha do brinquedo conhecido como Torre Eiffel. De acordo com Silmara Nishimura, ela viu Gabriela caída e percebeu que já não tinha sinais vitais. "Quando minha filha caiu, fui a primeira que vi. Eu tirei as travas muito rápido e fui orar sobre ela. Ela não estava respirando. A paramédica pegou a cabeça dela e perguntou se eu queria que reanimasse", disse a mãe.
Nesta quinta-feira, o advogado da família, Ademar Gomes, anunciou que entrou com uma ação por danos morais no valor de R$ 2 milhões contra o parque. A prefeitura de Vinhedo, cidade onde está localizado o Hopi Hari, também será processada em R$ 1 milhão. Também hoje o parque assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público para a vistoria de todos os brinquedos. Para isso, ficará fechado por 10 dias.
Declarando-se muito religiosa, Silmara afirmou que orou com o marido por um milagre logo após o acontecido. "Nós achávamos que ia acontecer um milagre. Jamais vou me esquecer", disse. Silmara e o marido, Armando, ainda discutem quanto tempo permanecerão acompanhando as investigações no Brasil. A família mora no Japão há 19 anos e Gabriela sequer falava bem o português. A mãe afirmou que o sonho da filha "era ser jornalista".
Na quarta-feira, Gomes disse que a vítima estava em um banco que deveria estar interditado para uso. A informação contraria a versão dada por funcionários do local, que afirmaram que a menina estava em meio a duas pessoas. Segundo o advogado, Gabriela estava em um dos bancos das pontas, que, antes da queda, estaria interditado por apresentar problemas.
O advogado Bichir Ale Bichir Junior, que representa dois operadores do brinquedo, afirmou ontem que seus clientes alertaram o parque sobre uma falha no assento ocupado por Gabriela. O alerta teria sido dado 15 minutos antes do acidente.