A Justiça dos Estados Unidos rejeitou nesta sexta-feira qualquer vínculo entre a vacina tríplice (sarampo, rubéola e caxumba) administrada em crianças e os sintomas do autismo observados meses após a inoculação.
O tribunal especial americano encarregado de analisar as ações contra o Estado envolvendo a vacina tríplice concluiu que "a teoria de que a vacina é a causa do autismo não tem base científica".
A decisão envolve diretamente o caso de William Mead, de 11 anos, vacinado quando tinha um ano e que apresentou os primeiros sintomas de autismo seis meses depois.
Os pais de Mead, assim como outros 5 mil pais nos Estados Unidos, alegam que um produto conservante a base de mercúrio, o thimerosal, presente na vacina tríplice, pode provocar o autismo.
"Os demandantes não provaram que uma quantidade de mercúrio não natural depositada no cérebro (...) possa provocar os efeitos" que alegam, destacou o tribunal em sua decisão.
A questão do vínculo entre a vacina tríplice e o autismo foi objeto de vários estudos médicos contraditórios. O último, realizado pela Universidade de Columbia e publicado em setembro de 2008, excluiu qualquer relação.