De acordo com a rede americana CNN, o número de mortos após a briga entre torcidas do Al-Masry e o Al-Ahly nesta quarta-feira, no Egito, subiu para 79 pessoas, segundo autoridades locais.
Com a tragédia sob investigação do Conselho Supremo das Forças Armadas, que governa o país após a saída do ex-presidente Hosni Mubarak em 2011, centenas de pessoas foram até a Praça Tahrir, no Cairo, condenando a Junta Militar pelo episódio. Muito deles usavam camisas do Al-Ahly, que teve a grande maioria das vítimas em Port Said, local da partida, válida pelo Campeonato Egípcio.
No confronto que se seguiu, torcedores do Al-Masry invadiram o campo e tentaram acuar jogadores e torcedores em seu estádio. Segundo Ahmed Saeed, funcionário do gabinete do governador de Port Said, muitos dos mortos teriam caído das arquibancadas do próprio estádio.
Porém, torcedores do Al-Ahly relatam que a polícia local deixou a proteção que separava as duas torcidas vulnerável propositalmente, permitindo a invasão da torcida local, em maior número, munida de pedras, garrafas, facas, espadas e armas de fogo contra os visitantes e os atletas dentro de campo, que tiveram que se abrigar nos vestiários. Além disso, os portões de saída do local não foram abertos pelas autoridades, o que contribuiu o aumento do número de vítimas.
Porém, segundo o Ministro do Interior do Egito, Mustapha Marwan, a autoria da incitação à violência foi causada por grupos políticos organizados, garantindo que os policiais tentaram contê-los e prendendo 47 suspeitos logo pouco depois do tumulto consumado.