Soldados brasileiros revistam carro na fronteira com o Paraguai
A influência do Irã e a eficácia no controle da Tríplice Fronteira (Brasil, Argentina e Paraguai) são as principais preocupações do governo americano nas questões de segurança na América Latina, de acordo com um relatório divulgado nesta quarta-feira (30) pelo Departamento de Estado.
Segundo o documento Relatório sobre Terrorismo em 2013, as autoridades americanas consideram que a região promoveu "melhorias modestas em sua capacidade anti-terrorista" e no controle das fronteiras.
O documento também ressalta que "a influência do Irã no Hemisfério Ocidental continua sendo uma preocupação".
No entanto, reconhece que, em razão das sanções impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia contra o país, "o Irã tem sido incapaz de expandir seus laços políticos e econômicos na América Latina".
Em relação à Tríplice Fronteira, o documento destaca que a zona é motivo de preocupação devido à capacidade de financiar grupos armados em diversas partes do mundo.
"A Tríplice Fronteira, entre Argentina, Brasil e Paraguai continua sendo um importante eixo regional para armas, narcóticos e tráfico de pessoas, falsificação, contrabando e lavagem de dinheiro, todos fontes potenciais de financiamento de organizações terroristas", diz o texto.
O documento indica que o Brasil faz grandes investimentos no controle das fronteiras, mas, neste ano, a prioridade é garantir a segurança durante a Copa do Mundo.
Já a Argentina, aponta, "mantém uma grande capacidade" para enfrentar problemas ligados à segurança, "mas enfrenta desafios nas fronteiras do norte e noroeste contra crimes transnacionais".
Em relação à Colômbia, o departamento considera que o país registrou por uma "redução geral da atividade terrorista", limitada a "ataques contra a infraestrutura" praticados por rebeldes armados.
As selvas na fronteira do país são mencionadas como um dos possíveis "Santuários seguros para terroristas" na região.
O relatório ainda mantém Cuba entre os "Estados que patrocinam o terrorismo" (junto a Irã, Sudão e Síria), apesar de não especificar as razões para a decisão.
"Não há indicações de que o governo de Cuba forneça armas ou treinamento militar a grupos terroristas", explica o texto, mesmo que o país "abrigue fugitivos procurados nos Estados Unidos".
Washington classifica atualmente quatro grupos latino-americanos como "organizações terroristas": os grupos colombianos Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), ENS (Exército de Libertação Nacional) e AUC (Autodefesas Unidas da Colômbia); e o peruano Sendero Luminoso.