Sérvia prende último foragido acusado de crimes de guerra; veja

Goran Hadzic também está ligado ao massacre do Hospital de Vulkovar, em novembro de 1991, crime com grande repercussão na época

Goran Hadzic, em imagem de arquivo de fevereiro de 1993. | Reprodução
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O antigo líder dos sérvios da Croácia, Goran Hadzic, acusado de crimes de guerra pelo Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia (TPII), foi detido nesta quarta-feira (20), informaram as autoridades à televisão pública sérvia ?RTS?.

Até o momento, não foram divulgados o local e as circunstâncias da captura de Hadzic, o último acusado do TPII que seguia em liberdade após a detenção, em maio, do ex-comandante militar sérvio-bósnio Ratko Mladic.

Entre fevereiro de 1992 e o final de 1993, Hadzic, de 52 anos, foi presidente da rebelde República Sérvia de Krajina, um território da Croácia povoado por sérvios que se declarou independente depois que os croatas proclamaram sua própria independência da antiga Iugoslávia, em 1991.

Hadzic havia desaparecido há sete anos, após seu indiciamento pelo tribunal da ONU ter sido comunicado ao governo sérvio. Hadzic foi indiciado por 14 acusações de crimes de guerra e crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, perseguição, deportação e destruição por seu envolvimento em atrocidades cometidas pelas tropas sérvias na Croácia.

Goran Hadzic foi, durante a guerra, o efêmero "presidente" da República Sérvia da Krajina, que representava aproximadamente um terço do território da Croácia.

O nome de Goran Hadzic também está ligado ao massacre do Hospital de Vulkovar, em novembro de 1991, crime com grande repercussão na época.

Na ocasião, as forças sérvias executaram, após submeterem à tortura, cerca de 250 croatas e outros cidadãos não sérvios que haviam se refugiado no local.

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