Operação para resgatar reféns na igreja deixou mais de 50 mortos.
Doze suspeitos de planejar o ataque a uma igreja cristã em Bagdá em outubro foram presos, segundo informou neste sábado o ministro do Interior do Iraque, Jawad Bolani.
De acordo com Bolani, os detidos são alguns dos insurgentes mais perigosos do país, incluindo pelo menos um dos líderes do grupo Estado Islâmico para o Iraque - um braço da Al-Qaeda que reúne várias organizações sunitas.
O ministro descreveu as prisões como um "grande golpe" para a Al-Qaeda no Iraque. Segundo o correspondente da BBC em Bagdá Gabriel Gatehouse, também foram apreendidos explosivos e equipamentos para fabricar bombas, que seriam usadas em futuras ações.
A polícia iraquiana capturou os suspeitos em operações de busca realizadas no bairro de Mansur, no oeste da capital, e na Rua Palestina, no leste da cidade.
Em 31 de outubro, uma operação para resgatar reféns na Igreja da Nossa Senhora da Salvação, a maior de Bagdá, deixou pelo menos 52 mortos e 56 feridos.
O Estado Islâmico para o Iraque reivindicou o ataque à igreja, dizendo que queria forçar a libertação de muçulmanos convertidos que estariam sido detidos pela Igreja Ortodoxa Copta no Egito.
Os cristãos têm sido alvo de constantes ataques na capital iraquiana, o que levou muitos deles a deixar o país. Cerca de 600 mil cristãos ainda moram no Iraque.