O presidente da Malaysia Airlines, companhia aérea do voo MH-370 que desapareceu na Ásia em 8 de março com 239 pessoas a bordo, disse em entrevista exclusiva à BBC que a empresa "não está escondendo nada" sobre o voo e que seu possível afastamento do cargo é uma "decisão pessoal" que será decidida "depois".
Ahmad Jauhari Yahya disse que não deixará o cargo agora pois "há coisas a serem feitas" e qualificou de injustas as dúvidas levantadas por familiares dos passageiros de que as autoridades malaias, e ele próprio, não estão divulgando todas as informações sobre o desaparecimento.
"Nós estamos fazendo tudo que podemos, dentro das nossas possibilidade, para ajudá-los", disse, se referindo aos parentes dos passageiros.
E ressaltou: "É importante lembrar que em incidentes como esse há sempre pistas, e nesse caso, não tivemos nenhuma até, provavelmente, a noite passada (segunda-feira)"
Buscas suspensas
Em coletiva realizada na última segunda-feira (24), o primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, disse que uma análise de dados de satélite confirma que o avião da Malaysia Airlines caiu em águas remotas do oceano Índico, no oeste da Austrália.
"É com grande tristeza e pesar que eu tenho que informar a vocês que, de acordo com novos dados, o voo MH370 chegou a seu fim no sul do oceano Índico", disse Razak.
O pronunciamento foi feito cinco dias depois terem sido iniciadas buscas na região. "É uma localização remota, longe de qualquer lugar possível de aterrissar", explicou o primeiro-ministro.
Nesta terça-feira, as buscas pelo avião da Malaysia Airlines no Oceano Índico foram suspensas devido ao mau tempo.
A Autoridade de Segurança Marítima na Austrália (Amsa, na sigla em inglês), que está comandando as buscas, disse que fortes ventos e chuva impedem aviões de voar com segurança.