Após ataque aéreo de forças afegãs e internacionais no leste do Afeganistão, Otan anuncia a morte de um líder e de dois membros da rede insurgente Haqqani, uma das mais ativas do país, informou um comunicado da Otan, a aliança militar do Ocidente, nesta quarta-feira.
Segundo a nota, "uma operação de precisão" no distrito de Moussa Khail, na província de Khost, matou ontem um chefe insurgente local, identificado como Dilawar e que agia entre as províncias de Khost e Paktia, em uma zona próxima à fronteira com o Paquistão.
O líder terrorista "coordenou numerosos ataques contra forças afegãs" --o último há apenas um mês-- e distribuía armas, além de atuar como ligação com outras redes insurgentes ativas no país, como a rede terrorista Al Qaeda e o Movimento Islâmico do Uzbequistão.
Dilawar era braço direito de Haji Mali Khan, detido há uma semana na vizinha província de Paktia. Mali Khan, um dos veteranos mais reverenciados do clã insurgente, é tio dos líderes operacionais da rede, Siraj e Badrudín Haqqani.
Em seu comunicado, a Otan qualificou a operação de ontem como "outra perda significativa" para a rede Haqqani e definiu a luta contra este grupo como uma "prioridade de primeira ordem" para a Aliança Atlântica e as forças afegãs.
O grupo insurgente criado por Jalaluddin Haqqani há três décadas para lutar contra a presença soviética no Afeganistão se transformou em uma das principais forças hostis às tropas da Otan no país asiático.
Em um de seus últimos ataques, produzido há três semanas contra a embaixada americana e o quartel-general da missão da Otan em Cabul, a rede Haqqani matou 20 pessoas, entre civis e policiais afegãos.