O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu nesta sexta-feira (13) o direito de se instalar uma mesquita próxima ao Marco Zero, o local dos atentados de 11 de setembro de 2001 contra as torres gêmeas de Nova York, e lembrou o compromisso dos Estados Unidos com a liberdade religiosa.
"Como cidadão e como presidente, acredito que os muçulmanos têm o direito de praticar sua religião como qualquer outro neste país", disse Obama na Casa Branca, onde foi anfitrião de um jantar do Ramadã.
"Isto inclui o direito de se construir um local de oração e um centro comunitário em um terreno privado de Manhattan, de acordo com as leis e as normas locais".
"Estamos nos Estados Unidos e nosso compromisso a favor da liberdade religiosa deve ser inquebrantável. O princípio de que pessoas de todos os credos são bem-vindas a este país e não serão tratadas de forma diferente pelo governo é essencial para o que somos", disse Obama após citar a primeira emenda da Constituição, que garante a liberdade de culto.
As declarações do presidente ocorrem no momento em que as associações de muculmanos nos Estados Unidos manifestam sua preocupação com o "clima islamofóbico exacerbado" no país com a aproximação do 11 de setembro, que coincide este ano com o fim do mês do Ramadã.
Obama recebeu hoje na Casa Branca vários muçulmanos para o "iftar", a refeição que quebra o jejum diário do Ramadã, mantendo a tradição criada por seu antecessor, o presidente George W. Bush (2001-2009).