Washington, 31 ago (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou neste sábado em pronunciamento na Casa Branca que tomou a decisão de realizar uma "ação militar" contra a Síria, mas esclareceu que esse ataque não será iminente e que buscará antes a autorização do Congresso.
"Após uma avaliação cuidadosa, decidi que os Estados Unidos devem realizar uma ação militar contra alvos militares do regime sírio", anunciou Obama no início da tarde no Jardim da Casa Branca, acompanhado de seu vice-presidente, Joe Biden.
"Estamos preparados para atacar quando decidirmos", ressaltou o presidente, que considera certo que o regime de Bashar al Assad foi o responsável pelo ataque com armas químicas no último dia 21 na periferia de Damasco, e que a intenção dessa ação limitada é castigá-lo por isso.
Foi "um ataque à dignidade humana", enfatizou o presidente americano. A ação militar "não depende do calendário" e vai acontecer quando Washington achar conveniente, o que pode ser em um dia ou em um mês.
Obama disse que já conversou com líderes das bancadas democrata e republicana, mas que buscará "a autorização dos representantes no Congresso do povo americano para uso da força". O que não ficou claro é se a ação militar está necessariamente vinculada a essa aprovação.
O Congresso, em recesso de verão, voltará ao trabalho em 9 de setembro, mas não descarta a convocação de uma sessão extraordinária para discutir a intervenção militar na Síria. EFE