Uma mulher britânica está há quatro anos sem comer direito após a primeira gravidez paralisar seu estômago. Segundo os médicos, ainda no útero, o bebê de Charlene Johnstone pode ter prejudicado os sinais nervosos que comandam a função dos intestinos.
A escocesa de 24 anos, que vive em Glasgow, agora se alimenta por sonda durante 14 horas diárias. Ela foi diagnosticada com uma doença chamada gastroparesia grave, que diminui a força de contração da musculatura do estômago e do intestino delgado, reduzindo a capacidade de esvaziar o conteúdo estomacal e dificultando o processo de digestão.
A jovem emagreceu muito ? reduziu seis números no tamanho das roupas ? depois de passar mal e vomitar até 15 vezes por dia.
No início da gestação, Charlene achava que estava sofrendo apenas complicações decorrentes desse período. Os médicos atribuíram a paralisia do estômago dela ao peso elevado do bebê, Hayden ? que nasceu com 4,5 kg ?, e ao inchaço da mãe.
Para tentar resolver a situação, a britânica aplicou toxina botulínica, de forma experimental, para tentar relaxar os músculos do estômago e permitir que os alimentos chegassem ao intestino delgado, mas não funcionou. Em fevereiro de 2010, ela colocou um marcapasso gástrico, que durou apenas cinco dias por também não dar certo.
Em março do mesmo ano, a mãe de Charlene conseguiu arrecadar quase R$ 70,5 mil com políticos para uma cirurgia da filha. Por oito meses, ela conseguiu consumir alimentos normalmente, até que seu intestino falhou e ela voltou a ter o problema.