Malásia faz investigação exaustiva de tripulação do avião desaparecido; veja

A inteligência americana já cogita o envolvimento do piloto e do copiloto no desaparecimento

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A polícia da Malásia faz uma investigação exaustiva da tripulação do avião da Malaysia Airlines que desapareceu com 239 pessoas a bordo em 8 de março, depois da confirmação de que a aeronave mudou de rumo de maneira deliberada, publicou neste domingo (16) a imprensa local.

Agentes revistaram a casa do capitão do voo do MH-370, Zaharie Ahmad Shah, e do copiloto, Fariq Abdul Hamid, no sábado, segundo o jornal New Straits Times.

De acordo com a emissora CNN, a inteligência americana já cogita o envolvimento do piloto e do copiloto no desaparecimento do avião.

A investigação na Malásia também abrange, além dos 12 membros da tripulação, todos eles malaios, os 229 passageiros de 14 nacionalidades diferentes.

Fontes dos serviços de inteligência declararam à imprensa que buscam pistas se algum dos passageiros tinha experiência e conhecimentos de aviação. A investigação inclui detalhes que vão desde os perfis psicológicos às tendências políticas e religiosas, afeições e padrões de comportamento.

Despertou especial interesse a mensagem que o capitão Zaharie publicou em um fórum alemão na internet em que anunciava a criação de um simulador de voo próprio.

"Há um mês terminei a montagem de FSX e FS9 com seis monitores", diz a nota assinada como Capt Zaharie Ahmad Shah, Boeing 777 da Malaysia Airlines em novembro de 2012.

A imprensa local também repercutiu a notícia publicada pelo jornal inglês Mail Sunday que definiu Zaharie como uma pessoa de "convicções políticas fanáticas".

O capitão Zaharie estudou na Escola de Aviação da Philippines Airlines em Pasay em 1980, entrou um ano depois na Malaysia Airlines e já tinha 18.360 horas de voo.

Paralelamente à investigação policial, um contingente internacional procura a aeronave desaparecida em dois corredores: um que inclui Indonésia e o oceano Índico e outro que se estende do norte da Tailândia até Cazaquistão e Turcomenistão.

O voo MH-370 decolou de Kuala Lumpur e deveria aterrissar em Pequim seis horas depois, mas desapareceu dos radares cerca de 40 minutos mais tarde e desde então não se sabe nada dele nem se encontraram destroços.

O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, confirmou no sábado que os sistemas de comunicação do avião foram desligados deliberadamente antes da mudança de rumo e que voou por cinco horas em direção ao oeste.

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