A maior cachoeira do mundo não se encontra em terra firme, mas sim no oceano, conhecida como a catarata do Estreito da Dinamarca. Com uma queda de mais de 3 km entre a Islândia e a Groenlândia. Segundo o site ILFScience , esta cachoeira submarina é cerca de três vezes mais alta do que a queda d'água mais elevada sem interrupção sobre a terra, que é a cachoeira de Salto Ángel, na Venezuela, com 979 metros de altura.
Além disso, a catarata do Estreito da Dinamarca é notável por sua imensa largura de cerca de 160 km e pela descarga de aproximadamente 5 milhões de metros cúbicos de água por segundo, equivalente a quase 2.000 Cataratas do Niágara em seu pico de fluxo.
Conforme a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA), a catarata do Estreito da Dinamarca é gerada pela diferença de densidade entre a água fria que flui do norte dos mares nórdicos e a água mais quente do mar de Irminger. A água fria, por ser mais densa, é empurrada para baixo da água mais quente, criando uma cascata gigantesca à medida que passa sobre uma significativa elevação no leito do mar.
O relevo submarino do Estreito da Dinamarca, que muda de uma profundidade de 500 metros para mais de 3 mil metros em questão de poucos quilômetros, acelera essa corrente de fundo e a transforma em uma espetacular cachoeira, conforme relatado pela Universidade de Barcelona, na Espanha. Posteriormente, esse fluxo se direciona para as amplas depressões do oceano Atlântico Norte.
AQUECIMENTO GLOBAL É INIMIGO
O aquecimento global representa uma ameaça para as cachoeiras subaquáticas. À medida que as mudanças climáticas se intensificam, os oceanos aquecem, e há um aumento na entrada de água doce, além da diminuição da formação de gelo marinho. Isso resulta em uma redução do volume de água fria e densa que flui para baixo, afetando negativamente essas características naturais.
O projeto, denominado FAR-DWO, reunirá aproximadamente 30 especialistas de instituições como a Universidade de Barcelona, o Instituto de Oceanografia e Mudanças Globais (IOCAG) da Universidade de Las Palmas de Gran Canaria, o Instituto Francês de Pesquisa para a Exploração do Mar (IFREMER) e outros.
No período de 19 de julho a 12 de agosto de 2024, os cientistas envolvidos no projeto embarcarão no navio oceanográfico Sarmiento de Gamboa para investigar aspectos até então desconhecidos relacionados à catarata do Estreito da Dinamarca.
(Com informações da Revista Galileu)