A maior parte dos israelenses acredita que o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, deveria ter apoiado, embora com reservas, as propostas do presidente americano, Barack Obama, sobre as negociações com os palestinos, segundo uma pesquisa publicada nesta quarta-feira.
À pergunta "como o primeiro-ministro deveria ter reagido às propostas de Obama?", 46,8% dos entrevistados estimaram que Netanyahu poderia tê-las endossado com reservas, enquanto 10% pensam que ele deveria ter aceitado tudo sem restrições.
Apenas 36,7% acham que a coisa certa a fazer era rejeitar as propostas.
Aclamado no Congresso americano, Netanyahu pronunciou na terça-feira um discurso no qual não faz concessões para o processo de paz, apesar de prometer que seu país saberá se mostrar "generoso" diante das fronteiras de um futuro Estado palestino.
O premier, entretanto, voltou a dizer que seu país não aceitará retornar às fronteiras de 1867, o que significaria uma retirada total da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental.
A mesma pesquisa revelou que, se as eleições israelenses acontecessem hoje, o Likud, partido de Netanyahu, ganharia mais três assentos no parlamento de 120 lugares, chegando a 30, enquanto o Kadima, principal formação opositora, permaneceria estável com 27 deputados. O Israel Beiteinou, partido ultranacionalista que compõe a coalizão de governo com o Likud, também avançaria na câmara, alcançando 16 cadeiras.
A sondagem, realizada pelo instituto Tekeseker, mostra ainda que Netanyahu seria reeleito com 36,9% das preferências, contra 28,3% para Tzipi Livni, líder do Kadima.