O grupo separatista basco ETA pediu nesta segunda-feira (10) uma trégua "permanente" e "geral", que possa ser verificada pela comunidade internacional, segundo o site do jornal independente basco "Gara", canal habitual do grupo.
Segundo o comunicado, a trégua seria um "compromisso firme", com um "processo de solução definitivo e com o fim da confrontação armada".
A nota, datada de 8 de janeiro, afirma que o "processo democrático" para o fim da violência deve resolver o "núcleo do conflito", que estaria nas questões da territorialidade e do direito de autodeterminação.
A organização separatista afirma que concorda com as declarações de Bruxelas, feitas por um grupo de mediadores internacionais, e de Guernica, assinada por várias facções bascas.
O anúncio ocorre quatro meses após o enfraquecido grupo ter anunciado um cessar-fogo, que não foi bem recebido pelas autoridades bascas.
O último atentado do ETA em solo espanhol ocorreu há 17 meses.
Responsável pela morte de 829 pessoas em mais de 40 anos de violência em sua luta pela independência do País Basco, o grupo se encontra há vários meses sob a pressão de seu ilegalizado braço político, o Batasuna, para que anuncie um cessar-fogo.
O Batasuna, ilegalizado em 2003 pela justiça espanhola por sua ligação com o ETA, confia que um cessar-fogo verificável internacionalmente o ajudará a voltar à legalidade para poder participar nas eleições locais deste ano.