O Ministério das Relações Exteriores da Alemanha afirmou na segunda-feira (20) que "o governo israelense tem o direito e o dever de proteger e defender a sua população". A declaração foi feita em resposta à decisão do procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan, que pediu a prisão do premiê israelense, Benjamin Netanyahu, e de líderes do Hamas, alegando crimes de guerra e crimes contra a humanidade.
"Afirmamos que os crimes contra a humanidade acusados foram cometidos como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil palestina, para cumprir uma política de Estado. Segundo as nossas conclusões, alguns destes crimes continuam sendo cometidos", declarou Khan, em referência aos líderes israelenses Netanyahu e Gallant.
ALEMANHA E EUA X FRANÇA
O presidente dos EUA, Joe Biden, também condenou a iniciativa do TPI, classificando-a como "ultrajante". A Alemanha se junta aos EUA e a outros países ocidentais que criticaram essa decisão. Em contraste, a França apoiou publicamente o pedido da procuradoria do TPI, destacando a importância da "luta contra a impunidade". O Ministério das Relações Exteriores da França reiterou sua condenação aos "massacres antissemitas" do Hamas em 7 de outubro e expressou preocupações sobre possíveis violações do direito humanitário internacional pela invasão israelense na Faixa de Gaza.
França pede investigação
De acordo com o MRE da França, caberá à Câmara de Pré-julgamento do TPI decidir se emitirá os mandados de prisão após examinar as provas apresentadas. Se os mandados forem emitidos, os países-membros do tribunal, incluindo quase todos os da União Europeia, poderão enfrentar dilemas diplomáticos. Segundo os acordos do TPI, qualquer país signatário deve deter indivíduos alvos de um mandado de prisão emitido pelo tribunal, o que, na prática, impediria Netanyahu de visitar as 123 nações signatárias.
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